sexta-feira, 28 de novembro de 2008

o sem Abrigo

A noite era ja longa!
As luzes da cidade, faziam-se sentir, ainda mais nesta epoca de natal.
Alguma agitaçao pelas ruas, o barulho dos carros, das locomotivas faziam-se ouvir mais, agora com a cidade a dormir.
Sentia-se sozinho, sem abrigo e com frio.
A pequena refeiçao que outrora lhe ofereceram escassava ja no seu corpo.
As energias fugiam como todos os sorrisos da sua vida.
O olhar triste e as lagrimas premanentes no seu rosto, iluminavam a tristeza de um ser.
Aquele banco frio,naquela estaçao, esperava por ele.Habituara-se ja ao corpo dele ali deitado,tremendo...Sao ja tantos os anos.
Ali se deitava e os jornais que a "outra sociedade" rejeitara todo o dia, serviam-lhe agora de abrigo ao frio que cada vez mais se fazia sentir.
Como seria o seu começo no dia seguinte?
Que sonhos poderia ter, se nem espaço para eles havia.
Que faria ele se os miudos irrequietos lhe tirassem aqueles abençoados jornais?
Mas ali adormecia, como se todo o mundo nao sentisse falta dele...
Esquecera os problemas, pois habituara-se a eles!
Sorria! pois nao tinha nada mais para dar...
Sentia falta de m sorriso de volta, mas habituara-se ao simples gesto de estender a mao e nela cair uma simples esmola.
Se algum dia alguem perceber o porque?
Ajudem este "ele".

quarta-feira, 5 de novembro de 2008